Marcel Rocha

Marcel Rochart (São Paulo, 1976), atualmente radicado em Santos, litoral paulista, encontrou na arte um reencontro com sua própria essência. Seu mergulho no universo criativo intensificou-se em 2022, após o falecimento de seu pai — momento em que a arte transcende a contemplação para se tornar vocação e propósito existencial. Apaixonado pelas cores e estudioso de sua psicologia, Marcel construiu uma trajetória que equilibra racionalidade, sensibilidade e profundidade simbólica. Desde então, vem se dedicando intensamente ao estudo da arte — um percurso de experimentação, pesquisa e amadurecimento criativo que, após três anos, culmina na decisão de apresentar publicamente seu trabalho.

Nesse processo formativo, cursou Curadoria em Artes Visuais pelo Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em parceria com o Ministério da Cultura (MinC). O curso abrangeu as múltiplas dimensões que envolvem a curadoria e a expografia de exposições de arte, com ênfase em atividades práticas que estimulam a reflexão sobre os aspectos funcionais, estéticos e éticos presentes tanto em grandes instituições quanto em espaços expositivos independentes, no Brasil e no exterior. Essa vivência consolidou sua visão curatorial como um campo expandido — onde o olhar do artista e o do curador se encontram para construir experiências estéticas, sensoriais e conceituais que dialogam com o tempo e com o público.

Autodidata por essência, o artista desenvolveu sua linguagem por meio da experimentação livre e da pesquisa contínua, explorando de forma integrada as conexões entre tradição e tecnologia, emoção e forma. Cada obra parte de um conceito emocional — um sentimento, uma lembrança, um fragmento simbólico — que se transforma, através da experimentação digital, em composições abstratas, geométricas e simbólicas, onde cor, forma e textura são os fios condutores da narrativa visual.

A criação se consolida como uma expressão de Mixed Media Upcycling Contemporânea, integrando colagem digital, fotografia, simulação pictórica, design gráfico e arte generativa híbrida. O conceito de upcycling aplica-se à reutilização e transformação de elementos visuais, fragmentos e composições anteriores, que são reorganizados e reinterpretados para dar origem a novas obras. O processo resulta em composições digitais de elevado refinamento técnico, nas quais texturas, objetos, papéis ou tecidos — reais ou digitalmente concebidos — assumem papel narrativo.

 

Declaração Artística

Sua prática situa-se na interseção entre o material analógico e o processo digital, edificando uma estética que problematiza obsolescência e autoria na era da produção massiva de imagens. O processo criativo começa com a curadoria de materiais efêmeros — objetos, tecidos e fragmentos fotográficos — carregados de memória e tratados como resíduo conceitual (upcycling). Esses elementos são documentados fotograficamente e transformados na matéria-prima digital do seu trabalho.

A transmutação ocorre quando essa iconografia material é submetida a um sistema de IA generativa.

Na qualidade de autor e curador do processo, orquestra o diálogo entre a imagem de entrada e o algoritmo: a IA atua como ferramenta de alta complexidade para decompor, recombinar e produzir composições visuais inéditas, ricas em textura e estrutura. As obras são produzidas em padrão museológico, seguindo critérios internacionais de conservação e qualidade.

Cada peça é produzida em técnica Giclée Fine Art, utilizando tintas pigmentadas minerais arquivísticas sobre tecido de algodão —  Hahnemühle Cézanne Canvas 430 g/m² — um dos suportes mais utilizados em museus, galerias e acervos. Testes de longevidade realizados por fabricantes indicam estimativas que variam entre 70 e 100 anos sob condições adequadas de conservação, garantindo estabilidade cromática e integridade física da obra.

Sua prática propõe a ressignificação do descarte e do código, convidando à reflexão sobre a circularidade material e os limites — e responsabilidades — da autoria contemporânea. As obras confrontam o paradoxo de imagens geradas a partir de resíduo e algoritmo que, ao serem materializadas com rigor técnico, adquirem a solenidade e a validade estética das práticas artísticas tradicionais.

 

 

 

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