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Circuito Ateliês Abertos: Visite estúdios coletivos na Vila Madalena!

 

Em mais uma edição do Circuito Ateliês Abertos, programação integrante da SP-Arte/Foto, os estúdios coletivos Ateliê Fidalga, Fonte e Vão – Espaço independente de arte abrem as portas ao público. Com apoio da Stella Artois, o evento acontece no dia 18 de agosto, sábado que antecede a Feira, das 17h às 22h. Obras prontas e projetos ainda em execução podem ser observados nos bastidores dos artistas.

Como parte das atividades do Circuito, um bate-papo sobre residências artísticas acontece no Ateliê Fonte, às 18h. Participam do encontro Lourdina Rabieh, da Kaaysá Art Residency, Albano Afonso, Ding Musa e Sandra Cinto, da Residência Paulo Reis (Ateliê Fidalga), Marcelo Amorim, da Residência Fonte, Cinthia Mendonça, da Silo – Arte e Latitude Rural, e Roberto Unterladstaetter, da Residência Kiosko, na Bolívia.

O Ateliê Fidalga apresenta ainda duas exposições: a coletiva “Apagamentos”, com trabalhos de Albano Afonso, Carla Chaim, Carlos Nunes, Carolina Cordeiro, Ding Musa, Julia Kater, Leka Mendes, Luis Telles, Henrique de França, Ricardo Barcellos, Otavio Zani e Sandra Cinto, além de “Memorabilia”, individual do artista Eric Frizzo Jonsson.

É possível fazer o passeio a pé entre os espaços, que se localizam próximos uns dos outros, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo).

 

Circuito Ateliês Abertos
Sábado, 18 de agosto
Das 17h às 22h

Ateliê Fidalga
Rua Fidalga, 299
Ding Musa, Felipe Cama, Leka Mendes, Luis Telles e Otavio Zani
Coletiva “Apagamentos” e individual “Memorabilia”(Eric Frizzo Jonsson)

Fonte
Rua Mourato Coelho, 787
Marcelo Amorim, Nino Cais e Simone Moraes
Bate-papo sobre residências artísticas às 18h

Vão – Espaço independente de arte
Rua Mourato Coelho, 787
Ivan Padovani, Maria Fernanda Lopes, Maria Luiza Mazzetto, Ricardo Barcello, Silvia Jábali, Susy Miranda Aziz, Thais Stoklos e Walter Costa.

 

Fonte: https://www.sp-arte.com/foto/noticias/circuito-atelies-abertos-visite-estudios-coletivos-na-vila-madalena-2/

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Valeska Soares ganha mostra comemorativa dos seus 30 anos de carreira

por Pedro Rocha - ESPECIAL PARA O ESTADO

 

“A Valeska nunca se enquadrou como uma artista feminista, mas desde os anos 90 está falando dos incômodos da mulher e de seu lugar”, acredita Rebouças. Para a exposição, ficaram de fora obras com flores, uma das marcas da artista. “Seria um clichê”, afirma. Segundo ela, a própria Valeska também pediu para não incluir os trabalhos com rosas e também as obras com perfume. “Mas o perfume não resisti e trouxe uma”, brinca a curadora.  

Interatividade. Na exposição, os visitantes vão poder interagir com algumas das obras de Valeska Soares. Em Self-Portrait in Denial (2004), esculturas espelhadas refletem sobre a figura feminina. Também com espelhos, Também com espelhos, Detour (2002), obra inspirada no conto As cidades e o desejo, do escritor italiano Ítalo Calvino, traz um mesmo sonho compartilhado por cinco diferentes narradores, que buscam uma mesma mulher. “Quis recortas essas falas e criar uma outra, labiríntica. A história nunca fica igual”, diz a artista.

Uma das três salas expositivas abriga as duas das maiores obras da mostra. Vaga Lume(2007) é sucesso entre visitantes. “Um cara já passou horas até escrever ‘I Love You’ entre as luzes”, relembra Valeska aos risos. Epilogue (2017), com suas várias mesas bem servidas de taças e bebidas, também chama a atenção. 

 

Entrevista: Valeska Soares

Por que suas obras, apesar de íntimas, são de fácil conexão?

Meu trabalho é para que cada um construa sua própria narrativa. Se você instaurar uma institucional, você tolhe a individual. Tento ter o menos explicação possível, criar espaços para as pessoas sonharem. 

Você tem apego a algum tipo de material? 

Nenhum. Meu trabalho é criar linguagens, então depende do que o conceito pedir. Por conta da variedade, já ouvi que meu trabalho não era fotogênico e parecia incoerente.

 

 

Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,valeska-soares-ganha-mostra-comemorativa-dos-seus-30-anos-de-carreira,70002434279

 

 

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Como empreender com arte e se dar bem

por Victoria Abel - ESPECIAL PARA O ESTADO

 

Considerada instável, a atividade artística é vista, muitas vezes, como uma prática capaz de proporcionar poucas recompensas financeiras até pelos próprios artistas. Mas adotar alguns métodos do mundo dos negócios pode ajudá-los a se darem bem no mercado das artes. “Eles não entendem que precisam ser empresários”, defende a consultora de marketing do Sebrae Ariadne Mecate. Ela afirma ser possível planejar a produção artística a ponto de transformá-la em um empreendimento ajustado e bem-sucedido.

Nesse sentido, ter uma postura de empresário significa que o artista precisa divulgar suas obras por meio de estratégias de marketing e saber como precificar suas produções. São atitudes, segundo a consultora, que podem resultar em conquistar estabilidade financeira.

Com o objetivo de divulgar suas obras e ter visibilidade no mercado das artes, o artista plástico Andrey Rossi aprendeu cedo que expor suas obras em salões de arte municipais poderia ser um excelente início.

“Logo que saí da faculdade de artes plásticas, comecei a me inscrever em editais para participar de exposições (promovidas pelo poder público). Após várias recusas, entendi a dinâmica dos processos e como deveria elaborar os projetos para que fossem aceitos”, conta o artista. Ele diz que, depois participar das exposições promovidas pelo Mapa Cultural Paulista, foi convidado a fazer parte do grupo de artistas que compunham a Galeria Qaz, espaço então instalado em Higienópolis e hoje extinto.

Rossi reforça que os editais públicos podem ser uma porta de entrada para exposições e, assim, ser visto por colecionadores, ou então, ser notado por galerias de arte. Nascido em Porto Ferreira (SP), ele hoje faz parte do quadro de talentos da Galeria OMA, onde vende cerca de 17 trabalhos artísticos no ano e consegue manter uma renda mensal acima dos R$ 7 mil.

Suas pinturas em papel A4 variam de R$ 800 a R$ 900, enquanto suas obras maiores custam de R$ 13 mil a R$ 25 mil. A partir de suportes alternativos como madeira, chapa de ferro e lona de caminhão, Rossi representa em seus desenhos questões marcantes para o corpo humano, como deformações e doenças. Mas ele também ficou conhecido pelos trabalhos em que mistura partes humanas e animais.

“É necessário fazer o planejamento de exposições, mapeando os melhores eventos onde o perfil de cliente ideal poderá estar”, ressalta Ariadne. Ela diz que o artista precisa conhecer seu público potencial e produzir para ele, e não apenas apresentar aquilo que faz pensando em seu gosto pessoal, ou naquilo que acredita – uma ideia polêmica nomeio artístico.

 

Arte aliada à gestão e ao planejamento

Para muitos que têm a arte como meio de vida (e de expressão), não basta criar, é preciso adotar práticas do mundo empresarial para se manter no mercado e sobreviver. Depois de anos trabalhando sem muito planejamento, o artista plástico André Filur sentiu a necessidade aprender a lidar com burocracias e questões financeiras como uma empresa.

“A arte é muito linda, muito bacana, mas querendo ou não eu sou um empresa e isso é uma profissão”, afirma Filur. O ilustrador, que iniciou sua carreira como grafiteiro, vendia suas obras informalmente por meio de indicações de amigos. “Eu deixava acontecer e, por muitas vezes, me vi apertado com dinheiro.”

“Agora, eu já tenho alguns fornecedores fixos que consigo desconto. Separo um valor por mês para compra de material, mais um valor para imprevistos mensais, outro para contas e outro deixo para investir.”

A mudança veio há quatro anos, depois que ele procurou por cursos de gestão empresarial. “Eu nunca tinha parado para pôr no papel tudo o que eu gastava, o quanto que eu precisava ganhar por mês para pagar as contas.”

Filur afirma que triplicou sua produção e as vendas desde que passou a usar ferramentas de marketing e de planejamento. Se antes ele vendia um ou dois quadros por mês, hoje comercializa até cinco. Cada obra sua custa em média 2 mil reais o metro quadrado.

A consultora do Sebrae Ariadne Mecate afirma que , após criar a marca, um logo, o artista precisa ter um site, trabalhar as redes sociais. “Tirar boas fotos é uma boa estratégia também. Dessa forma, as pessoas irão conhecer o artista além do espaço onde ele expõe”, diz.

Filur adotou essas medidas e, segundo ele, a atitude fez com que a maior parte de suas vendas agora sejam feitas via internet e mídias sociais. “Boa parte dos clientes aparecem via Instagram.” Segundo ele, até mesmo os colecionadores fixos de suas obras foram conquistados com o trabalho de marketing que fez na rede, apesar de também expor na Casa Galeria, na Granja Viana, em São Paulo.

A consultora do Sebrae ainda alerta para a importância de o artista saber dar preço para as suas obras. “A arte é algo subjetivo e grande parte dos artistas tem dificuldade de precificar seu produto, mas precisamos ter um parâmetro.”

Além do custo de produção, Ariadne diz que a comparação com o preço da concorrência no mercado é necessária para se fechar o valor, bem como a análise de perfil do cliente. “Se seus clientes são pessoas mais simples, eles não vão pagar tão caro.” No entanto, ela defende que o artista não pode ceder à pechincha do interessado na obra: “Precisa ter pulso firme para fixar seu preço no mercado”.

Marcelo Prado dos Anjos, mais conhecido como o palhaço Marcelo Pichuruca, procurou a consultoria do Sebrae para profissionalizar sua arte. Aprendeu a dar preço para suas apresentações não apenas considerando o que o mercado está cobrando e seus custos para produção, mas também os riscos que corre em cada uma delas.

 

Perigo

“Nos espetáculos em que eu utilizo a perna de pau, por exemplo, preciso cobrar mais caro o cachê, porque é um número extremamente perigoso. Posso cair de lá de cima a qualquer momento.”

O artista se apresenta com grupos de circo, mas também faz apresentações em festas infantis para completar a renda. Ele cobra em torno de R$ 800 pelo trabalho.

Pichuruca começou na profissão de palhaço fazendo trabalhos voluntários, inspirado pelos Doutores da Alegria. O ex-comerciante relata que, no início, não tinha noção de organização. “Com o tempo passei a ver a necessidade de saber vender meu produto, que sou eu mesmo.”

Além de colocar na planilha todos os seus custos, o palhaço também passou a investir na divulgação de seu trabalho via site e perfil no Facebook.

“O artista precisa reconhecer que o que ele faz é um trabalho artístico, é o que ele gosta de fazer. Embora muitas vezes tenha começado como hobby, é uma empresa. Então, se ele quiser que as pessoas e os clientes valorizem a sua arte, ele precisa ter uma postura de empresa”, afirma Ariadne, ao salientar a relevância de o artista ter uma marca, um logo e um cartão de visitas. “Na maioria das vezes, o artista não pensa nisso.”

 

‘SEMPRE FUI UM WORKAHOLIC’

A ideia de o artista ser também um empresário é polêmica. “Eu não sou em empreendedor, eu sou um Artista. Minha Arte é minha alma, seria diminutivo utilizar a palavra “empresa”. Eu não estou aqui para fazer dinheiro. Estou aqui para dar meu depoimento estético, conceitual e poético do mundo que me rodeia, dos meus anseios, angústias e sonhos, e das experiências que eu vivi”, afirma o artista plástico Alex Flemming.

Ele diz que “abomina e esconjura” marketing e propaganda. E diz o que considera como a razão de ter se tornado um artista conhecido e bem conceituado: “Trabalho, trabalho e mais trabalho”. “Acredito piamente na recompensa que a vida traz aos que a ela se devotam com afinco. Com 63 anos, tenho orgulho de ter produzido obras públicas que me trazem muita alegria (Estação Sumaré do Metrô e Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo). Tenho um currículo de muitas exposições mundo afora, e já fui convidado a fazer duas retrospectivas de minha obra (Museu de Arte Contemporânea em São Paulo e Palácio das Artes em Belo Horizonte).”

Flemming, claro, reconhece que a vida é cheia de altos e baixos financeiros. “Independentemente de sermos reconhecidos ou não, há anos em que vendemos muito e há anos em que vendemos muito pouco. Quando era jovem, a primeira vez que eu ganhei bastante dinheiro, vendi todos os quadros da minha primeira mostra individual em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, fiquei eufórico, tomei champanhe a rodo, fui de primeira classe para o Egito, gastei e me diverti.

Aí o dinheiro acabou e eu amarguei alguns bons anos de vacas magras, apesar de continuar sempre estando na televisão ou dando entrevistas para jornais e revistas. Então, aprendi a história da formiga: tenho que guardar dinheiro para sobreviver meu futuro.”

Ele diz que outra característica o ajudou: “Sempre fui um workaholic extremamente organizado. Mas jamais avalio minha vida como negócio”.

           

 

Fonte: ESTADÃO

 

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Bienal de Arte de São Paulo de 2018 terá ‘tema livre’

Na contramão das 32 edições passadas, a Bienal de Arte de São Paulo de 2018 não vai eleger um tema para estruturar a exposição. No lugar, o evento propõe uma soma de trabalhos individuais, exaltando a particularidade de cada artista e a compreensão pessoal dos espectadores frente às obras.

Segundo a curadoria da Bienal, a decisão é uma resposta a um “mundo de verdades prontas, onde a fragmentação da informação e a dificuldade de concentração levam à alienação e passividade” dos indivíduos. Os homenageados da edição, o guatemalteco Aníbal López, o paraguaio Feliciano Centurión e a brasileira Lucia Nogueira, também têm pouco em comum artisticamente, além do fato de terem morrido precocemente.

A 33ª Bienal de Arte de São Paulo estará aberta de 7 de setembro até 9 de dezembro de 2018 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque Ibirapuera.

 

Fonte: VEJA

 

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